A defesa dos irmãos condenados pelos crimes de homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver cometidos contra o menino Rhaniel Pedro vai pedir a anulação do júri popular, cujo resultado foi anunciado na noite dessa segunda-feira (12/12). Além dos irmãos Vítor de Oliveira Serafim e Wagner de Oliveira Serafim, a mãe da vítima, Ana Patrícia da Silva Laurentino Lourenço, também foi condenada.
O advogado de defesa dos irmãos Serafim disse que acredita numa possível anulação do resultado do júri e que “na pior das hipóteses, a pena será adequada aos limites legais”. “Pena exacerbada que passa, inclusive, do máximo legal. A decisão do júri foi contrária às provas dos autos em relação ao senhor Vítor e em relação a Wagner, em relação ao Wagner pior ainda. Num momento o laudo diz que na noite do suposto crime, o Wagner estava no Benedito Bentes e nas informações diz que ele estava na Cidade Universitária. Ocorre que isso prova que ele não participou do crime, que foi cometido no Clima Bom, e mesmo assim o Conselho de Sentença também condenou esse rapaz”, alega Raimundo Palmeira, advogado de defesa dos irmãos.
De acordo com a condenação, Ana Patrícia deverá cumprir 41 anos e cinco meses de reclusão. Vítor Serafim, padrasto do menino, foi condenado a 49 anos e dez meses de reclusão. Já Wagner Serafim, irmão de Vítor, recebeu a pena de 41 anos e cinco meses de reclusão. As penas deverão ser cumpridas em regime inicialmente fechado e todos os réus deverão pagar multa.
Segundo o promotor de Justiça que atuou no caso, Ary Lages, todas as teses do Ministério Público Estadual (MPE) foram acatadas pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). “Foram três qualificadoras de homicídio, mais estupro de vulnerável, mais ocultação de cadáver. Conseguimos fazer um respaldo grande das provas periciais somando com as provas testemunhais”, resumiu, se dizendo satisfeito com as condenações dos réus.
Com informações do TNH1