Uma nova frente fria vai passar pelos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e deve dar lugar a mais um ciclone extratropical no RS a partir desta quarta-feira (26/07). O Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil emitiu ontem alerta de ventos de até 75 km/h para as duas localidades. O órgão apontou que toda a faixa litorânea do Chuí, no Rio Grande do Sul, a Florianópolis, capital de SC, deve receber rajadas de 60 a 75 km/h.
Em entrevista à CNN no dia 13 deste mês, o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), afirmou que é esperado que mais eventos climáticos atinjam o estado até setembro. A região foi atingida por três ciclones extratropicais em menos de um mês.
A Climatempo confirmou que o novo ciclone deve atingir o RS na quarta-feira. É previsto que o fenômeno se forme na costa da parte sul do estado, próximo à fronteira com o Uruguai.
Cidades da região — como Bagé, Rio Grande e Pelotas —, que já foram fortemente atingidas nas ocasiões anteriores, devem registrar a precipitação de até 60 mm já nesta terça-feira (25/07). O Paraná também deve ter bastante chuva e ventos fortes a partir desta terça.
As agências climatológicas preveem também que o fenômeno deve se afastar da costa em direção ao mar somente entre quinta (27/07) e sexta-feira (28/07), garantido estabilidade no tempo do RS novamente.
Mesmo no final desta semana, os demais estados da região Sul ainda devem registrar chuva moderada.
Após catástrofes terem sido registradas com ciclones extratropicais passados no RS, a Climatempo aponta que o novo fenômeno será mais brando: “Este ciclone não deve provocar ventos tão intensos como o último que atuou sobre o Sul do Brasil, mas há previsão de rajadas variando de 40 a 60km/h sobre a maior parte do Rio Grande do Sul”, afirma a empresa em nota.
Além do rastro de destruição deixado pelo ciclone passado, ao menos quatro pessoas morreram durante a passagem do fenômeno — duas em São Paulo, uma em Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul.
Estima-se que 52 municípios gaúchos tenham sido atingidos, deixando 234 pessoas desabrigadas e 331 desalojadas. Outros 17.399 habitantes do estado foram afetados pelo evento climático.
