A denúncia de racismo contra o repórter André Henrique, fato ocorrido no estádio Juca Sampaio, em Palmeira dos Índios, vai a julgamento na próxima quinta-feira (23/02), às 19h30, no Tribunal de Justiça Desportiva-AL (TJD). O repórter, da rádio Palmeira FM, estava trabalhando na partida entre CSE e Cruzeiro-AL, no dia 29 de janeiro, pelo Campeonato Alagoano, quando foi xingado por um torcedor que estava perto do alambrado e no setor destinado ao clube mandante, o tricolor palmeirense.
Conforme relato ao delegado do jogo, ao final do primeiro tempo, André Henrique foi para as entrevistas junto com os demais repórteres. No momento que entrevistava o técnico Jaelson Marcelino, que comandava o Cruzeiro, cerca de oito torcedores do CSE estavam no alambrado. “Um deles olhou para mim e disse as seguintes palavras: O que você tá olhando, seu negro f. d. p. Não foi possível identificar o torcedor, porque o mesmo se evadiu rapidamente do local,” André. O caso foi registrado na súmula da partida pelo árbitro Fellype Wanderley Urubá e, após isso, ganhou repercussão nacional. André Henrique também fez um Boletim de Ocorrência.
O CSE foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, pelo caso de racismo. O artigo cita o seguinte: Art. 243-G. Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
No contato mantido com o portal NN1, André Henrique informou que, “como o torcedor não foi encontrado, o clube deve ser considerado o responsável pelo ato. Deve ser enquadrado em multa e ao mesmo tempo perca de mando de campo”, concluiu.
A Pauta completa do TJD
