“Careca do INSS” depõe hoje na CPMI que investiga descontos indevidos em aposentadorias

Preso desde 12 de setembro, empresário decidiu comparecer na comissão após colegiado aprovar a convocação da sua esposa, Tânia Carvalho dos Santos

Por Flaviana Costa 25 de Setembro de 2025 às 11:15
Compartilhe Google News
“Careca do INSS” depõe hoje na CPMI que investiga descontos indevidos em aposentadorias
Imagem: Gazeta do Povo
FONTE CNN Brasil
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recebeu, nesta quinta-feira (25), o depoimento do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. Mas a sessão foi suspensa após um desentendimento entre Kleber Lopes, advogado do empresário, e o relator da CPMI, o deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça. Momentos depois, a sessão foi retomada. 

Acusado de operar um esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas cadastrados no INSS, o empresário foi detido pela PF (Polícia Federal) e está preso desde o dia 12 deste mês. 

A previsão era de que o empresário comparecesse à reunião do dia 15, mas segundo o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a defesa comunicou o cancelamento na mesma manhã. Após a decisão do ministro relator do caso, André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), o “careca do INSS” não teria obrigação de comparecer à comissão.

No entanto, uma reunião que analisava a convocação de familiares do empresário foi aprovada. Um dos requerimentos mira Tânia Carvalho dos Santos, esposa do “careca do INSS”, que teria feito movimentações financeiras suspeitas, e Romeu Carvalho Antunes, filho do empresário. 

Além de Antônio Carlos, o empresário Maurício Camisotti também foi preso durante a operação da PF. Ele é investigado como um dos beneficiários finais das fraudes envolvendo associações ligadas a beneficiários. O empresário tem negado as acusações. 

Também está na pauta a quebra de sigilo bancário e fiscal do advogado. Ele foi alvo de buscas e apreensões em 12 de setembro, em São Paulo. A PF pediu a prisão do advogado, mas a solicitação não foi autorizada pelo STF. 

Entre os pedidos pautados, está a solicitação de prisão preventiva do advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues, que prestou depoimento na CPMI na semana passada.