CPI do Crime aprova pedidos para ouvir ministros, Paulo Dantas e mais10 governadores
Plano de trabalho de Vieira ainda quer investigar fintechs e setor de combustíveis usados para lavar dinheiro de facções e milícias
Por Luciana Saraiva, Metrópoles
06 de Novembro de 2025 às 06:47
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE, na imagem em destaque), indicado para ser relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado nesta terça-feira (4), apresentou o plano de trabalho para a comissão e requerimentos para ouvir ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 11 governadores.
Vieira, que foi autor do requerimento da criação da CPI, foi indicado pelo presidente recém-eleito pelo colegiado, o governista Fabiano Contarato (PT-ES), para relatar a comissão. Ao todo, os 11 senadores deverão apurar sobre o alcance de organizações criminosas e políticas de combate ao crime por 120 dias.
No plano de trabalho, o senador sergipano propõe nove eixos de atuação, dentre eles, fontes de lavagem de dinheiro para facções e milícias, incluíndo fintechs e o setor de combustíveis e bebidas. Também pretende abordar iniciativas bem sucedidas e a necessidade de integração das forças de segurança da União e dos Estados.
A instalação da comissão se dá uma semana depois da megaoperação deflagrada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Ao todo, a operação deixou 121 mortos. O caso aumentou o conflito entre o Governo Federal e Estados que defendem que a União aumente a participação orçamentária na Segurança, mas sem interferir na autonomia das UFs.
A comissão também votou e aprovou convites para os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio. A CPI do Crime Organizado também aprovou os convite do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Luiz Fernando Corrêa.
Vieira também pediu o comparecimento de 11 governadores e secretários de Segurança, divididos entre àqueles cujos Estados tenham índices de criminalidade mais alarmantes, como o Rio de Janeiro, e àqueles que tenham experiências mais bem-sucedidas de combate.
Eis a lista de governadores e secretários convidados:
- Clécio Luís, governador do Estado do Amapá;
- Cézar Vieira, secretário de Justiça e Segurança Pública do
Amapá;
Amapá;
- Jerônimo Rodrigues, governador do Estado da Bahia;
- Marcelo Werner Derschum Filho, secretário de Segurança
Pública da Bahia;
Pública da Bahia;
- Raquel Lyra, governadora do Estado de Pernambuco;
- Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, Secretário de
Defesa Social de Pernambuco;
Defesa Social de Pernambuco;
- Elmano de Freitas, governador do Estado do Ceará;
- Antonio Roberto Cesário de Sá, Secretário de Segurança
Pública e Defesa Social do Ceará;
Pública e Defesa Social do Ceará;
- Paulo Dantas, governador do Estado de Alagoas;
- Flávio Saraiva, secretário de Segurança Pública de Alagoas;
- Jorginho Melo, governador do Estado de Santa Catarina;
- Flávio Rogério Pereira Graff, secretário de Segurança
- Ratinho Júnior, governador do Estado do Paraná;
- Hudson Leôncio Teixeira, secretário de Segurança Pública
do Paraná;
do Paraná;
- Eduardo Leite, governador do Estado do Rio Grande do Sul;
- Mario Ikeda, secretário de Segurança Pública do Rio Grande
do Sul;
do Sul;
- Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal;
- Sandro Torres Avelar, secretário de Segurança Pública do
Distrito Federal;
Distrito Federal;
- Cláudio Castro, governador do Estado do Rio de Janeiro;
- Victor Cesar Carvalho dos Santos, secretário de Segurança
Pública do Estado do Rio de Janeiro;
Pública do Estado do Rio de Janeiro;
- Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo; e
- Guilherme Muraro Derrite, secretário de Segurança Pública
de São Paulo.
de São Paulo.
A lista de ouitivas deverão seguir a ordem dos requerimentos. Ou seja, primeiro serão ouvidos representantes da esfera Federal, depois governadores e na sequência especialistas, dentre eles, o promotor Lincoln Gakiya e o presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.
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