Foi sepultado na manhã desta segunda-feira (15), o corpo do enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, morto a tiros na madrugada do domingo (14). O crime aconteceu em um motel no bairro Canaã, em Arapiraca, agreste de Alagoas. Ítalo, que trabalhava em vários hospitais e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Arapiraca, era natural de Batalha, no Sertão alagoano, onde foi sepultado.
Para o delgado Flávio Dutra, coordenador das Delegacias de Homicídios do Interior, o crime teria sido motivado por uma traição conjugal.
Embora negue, o principal suspeito do crime é o policial militar Weliton Miguel Santos, de 34 anos, permanece preso. Ainda segundo o delegado, imagens de câmeras de segurança no motel mostram uma mulher chegando ao local dirigindo um Jeep Renegade, na noite do sábado (13) tendo o enfermeiro como passageiro e na madrugada do domingo o possível matador chegando ao local conduzindo uma motocicleta.
Em um primeiro depoimento, Jessica Lima Cavalcante, de 30 anos, que é esposa do militar preso e que também é enfermeira e trabalhava com a vítima, negou que foi ao motel, confirmando apenas que o Jeep é dela e que teria emprestado o carro para Ítalo. Mas, ainda segundo o delegado, a mulher, em um outro momento do depoimento, admitiu que era ela que estava no veículo e que por volta das 22h do sábado, acabou dormindo, acordando por volta de 1h da madrugada, com os disparos de arma de fogo.
“Ela disse que acordou com os disparos de arma de fogo de um rapaz com capacete que enquanto atirava na vítima teria falado que não era nada com ela, que teria corrido para se proteger dentro do banheiro do quarto”, detalhou o delegado que confirma que ela estava no quarto com o enfermeiro. O delegado enfatizou que Jéssica acrescentou que instantes após os disparos saiu do banheiro e interfonou para a recepção do motel, implorando por ajuda. Mas, como estava demorando, ela saiu e bateu na porta da recepção, pedindo socorro e contando que um indivíduo tinha entrado e atirado em Ítalo. Logo após isso ela saiu do motel dirigindo o carro e procurou seu advogado", revelou o delegado..
Na manhã desta segunda-feira o delegado também confirmou que o policial, desconfiado que a esposa estava lhe traindo, colocou um GPS no carro da esposa sem que ele desconfiasse.
“Tudo indica que ela não sabia que estava sendo monitorada pelo companheiro. Ele colocou de forma clandestina o que a gente chama de carrapato, que seria um GPS, para monitorá-la, pois já deveria estar suspeitando de um relacionamento extraconjugal. Por isso, ele sabia o local exato onde ela estava no momento do crime”, afirmou Flávio Dutra acrescentando que a enfermeira garante que o homem que ela viu matando o enfermeiro não tem nenhuma característica do marido.