PF deflagra operação contra desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro na saúde em Alagoas
Segundo a investigação, a Secretaria de Saúde de Alagoas firmou contratos emergenciais entre 2023 e 2025 com duas empresas resultando em pagamentos indevidos de quase R$ 100 milhões
Por Redação NN1
16 de Dezembro de 2025 às 08:59
Imagem: Divulgação PF/AL
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (16) a operação ESTÁGIO IV, voltada ao combate ao desvio de recursos públicos e à lavagem de dinheiro no setor da saúde em Alagoas. Ao todo, foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão e determinadas medidas cautelares alternativas, incluindo a suspensão do exercício de função pública por 180 dias, todas expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Também houve o sequestro de bens dos investigados, como veículos e imóveis de alto valor.
Segundo a investigação, a Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau) firmou contratos emergenciais entre 2023 e 2025 com duas empresas, uma fornecedora de materiais hospitalares e uma construtora, que teriam favorecido os investigados, resultando em pagamentos indevidos de quase R$ 100 milhões, parte ainda em execução.
O inquérito aponta ainda que houve desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de ressarcimentos superdimensionados de consultas e procedimentos médicos que não teriam ocorrido, totalizando mais de R$ 18 milhões. Entre os casos, destacam-se pagamentos irregulares em procedimentos de fisioterapia incompatíveis com a capacidade operacional da clínica privada.
Os valores desviados eram transferidos aos integrantes do grupo criminoso por meio de transferências bancárias, saques em espécie e pagamentos indiretos, configurando um esquema sofisticado de corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial. Imóveis adquiridos pelo grupo, incluindo uma pousada em Porto de Pedras avaliada em R$ 5,7 milhões, foram registrados em nome de interpostas pessoas, familiares e terceiros. O dinheiro também custeava viagens internacionais e gastos pessoais dos investigados.
Durante os mandados, foram apreendidos valores expressivos em espécie, em reais e moedas estrangeiras, além de duas armas de fogo.
O nome da operação faz referência ao estágio terminal de alguns cânceres, simbolizando a gravidade e nocividade das ações da organização criminosa ao sistema de saúde alagoano.
A ação mobilizou 170 policiais federais e 26 auditores e ocorreu em Alagoas, Pernambuco e Distrito Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União, Receita Federal e Departamento Nacional de Auditoria do SUS.
A ação mobilizou 170 policiais federais e 26 auditores e ocorreu em Alagoas, Pernambuco e Distrito Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União, Receita Federal e Departamento Nacional de Auditoria do SUS.
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