Trump diz que negociações de cessar-fogo podem levar "alguns dias"

Presidente dos EUA descreveu plano para acabar com a guerra na Faixa de Gaza, proposto por ele, como um “ótimo acordo para Israel”

Por CNN Brasil 05 de Outubro de 2025 às 14:22
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Trump diz que negociações de cessar-fogo podem levar "alguns dias"
Imagem: Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Reprodução CNN Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou com repórteres na Casa Branca, neste domingo (5), dizendo que as negociações sobre o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza estão indo “muito bem”.

“Eles estão em negociação, neste exato momento, enquanto falamos, eles começaram a negociação. Vai durar alguns dias”, disse Trump, enquanto saía para um evento. “Vamos ver como vai. Mas ouvi dizer que está indo muito bem.”

O presidente americano descreveu sua proposta de cessar-fogo de 20 pontos como um “ótimo acordo” para Israel e “todo o mundo árabe”.

Trump afirmou que o plano não precisa de mais flexibilidade e que os reféns libertados pelo Hamas sob o acordo precisariam retornar “quase imediatamente”.

As negociações indiretas entre Israel e o grupo palestino Hamas devem começar amanhã em Sharm el-Sheikh, Egito, segundo uma autoridade egípcia e três fontes israelenses.

Negociadores, incluindo uma delegação americana, estão a caminho da cidade do Cairo.

Entenda o plano dos EUA para Gaza

A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (29) os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

A proposta do governo americano prevê um governo internacional temporário, que seria chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair.

O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.

O plano apresentado por Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos. Em troca, Israel libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.

O acordo sugere ainda que Gaza não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no governo do território. Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.

A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território.