A Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), iniciou as investigações sobre o duplo homicídio de gêmeos ocorrido na noite desta quinta-feira (23), no bairro Tabuleiro do Martins, em Maceió. O delegado plantonista Daniel Scaramello, da Unidade de Atendimento ao Local de Crime 1 (UALC 1), esteve no local para realizar os primeiros levantamentos, coletando informações, fotografias e o relato de testemunhas.
As vítimas foram identificadas como Breno de Medeiros Chaves Souza e Samuel de Medeiros Chaves Souza, gêmeos de 20 anos. Segundo informações colhidas no local, os irmãos foram mortos a tiros dentro da residência onde Samuel morava com o companheiro, com quem vivia em união estável há cerca de dois meses.
O companheiro de Samuel relatou à polícia que mora há quatro anos no imóvel e que o jovem passou a residir com ele recentemente. No dia do crime, o companheiro contou ter ido a um bar próximo por volta das 19h e retornado em seguida. Às 21h30, Samuel chegou em casa acompanhado de Breno, e os três se reuniram para assistir a uma partida de futebol.
Pouco antes do término do jogo de futebol, três homens encapuzados invadiram o imóvel pela porta do pavimento superior, que costumava permanecer aberta no momento da invasão, o companheiro de Samuel estava no banheiro e ouviu um dos criminosos dizer: “Fica aí, coroa, fica aí”. Em seguida, escutou os disparos de arma de fogo. Ao sair do banheiro, viu os corpos de Breno e Samuel caídos no chão.
Segundo o depoimento, Samuel trabalhava com ele em uma oficina automotiva, realizando serviços gerais, e não havia registrado desentendimentos recentes, ressaltando que Samuel não tinha inimigos conhecidos embora fizesse uso de entorpecentes.
Um outro irmão das vítimas também prestou depoimento afirmando que Breno trabalhava em uma serraria e que ele atuava como pintor automotivo. Assim, declarou que os irmãos não tinham ligação com facções criminosas nem envolvimento com o tráfico de drogas, apesar de serem usuários de entorpecentes, além de que nenhum dos dois era conhecido por apelidos.
Durante as diligências, a equipe da UALC 1/DHPP buscou câmeras de segurança na região, mas não encontrou dispositivos de monitoramento e as consultas em sistemas policiais também não apontaram registros em desfavor das vítimas.
Segundo informações coletadas pelo Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML), foram encontrados 13 cápsulas e três projéteis de calibre 9mm no local. Samuel apresentava seis ferimentos nas costas, três no tórax e três na cabeça, além de um orifício de saída no tórax. Breno foi atingido por dois disparos no braço direito, dois no esquerdo, quatro no tórax, um no rosto, um nas costas e dois na região do quadril.
Equipes da Polícia Militar (PMAL), do Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal estiveram presentes também com a UALC1/DHPP no local do crime. A DHPP segue com as investigações para identificar os autores e esclarecer as circunstâncias do crime.
Delegado Daniel Scaramello - DHPP, fala sobre o crime: