Moraes diz que manteve reuniões com Galípolo por causa da Magnitsky
Em nota, o ministro do Supremo afirmou que reuniões com presidente do BC eram para tratar sobre a aplicação da lei
Por Metrópoles
23 de Dezembro de 2025 às 15:57
Imagem: Reprodução/TV Justiça
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou, em nota divulgada nesta terça-feira (23), que manteve reunião com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para discutir os efeitos da Lei Magnitsky, aplicada contra o magistrado e membros de sua família pelo governo dos EUA.
Segundo Moraes, houve reuniões não só com Galípolo, mas também com presidentes de outros bancos e federações. Em todos os encontros, ele afirma, “foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências” da Magnitsky.
Segundo Moraes, houve reuniões não só com Galípolo, mas também com presidentes de outros bancos e federações. Em todos os encontros, ele afirma, “foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências” da Magnitsky.
Leia a nota na íntegra:
“O ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnitsky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil e o presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da Febraban, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú.
“O ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnitsky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil e o presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da Febraban, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú.
Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.”
A nota é uma resposta à reportagem da colunista Malu Gaspar, em seu blog no jornal O Globo.
A nota é uma resposta à reportagem da colunista Malu Gaspar, em seu blog no jornal O Globo.
Segundo a jornalista, Moraes teria procurado, ao menos quatro vezes, o presidente do BC para interceder em favor do Banco Master, de Daniel Vorcaro. Dos quatro encontros, três teriam sido presenciais e um por telefone.
Após a reportagem, congressistas já falam em coletar assinaturas para a abertura de uma CPI do Banco Master.
Relembre o caso
Relembre o caso
O Banco Master teria contratado, por R$ 129 milhões, o escritório Barci de Moraes Advogados, pertencente à esposa do ministro Alexandre de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes.
O contrato renderia ao escritório pagamentos de R$ 3 milhões mensais e incluía a defesa dos interesses do Banco Master em diversas instituições, inclusive o Congresso Nacional e o Banco Central.
Em julho deste ano, Moraes teria pedido um encontro com Galípolo e solicitado que o chefe do Banco Central aprovasse a operação com o BRB. Moraes teria dito que gosta de Vorcaro, segundo a apuração de Malu Gaspar.
Galípolo teria falado a Moraes que a autarquia, responsável pela regulação do sistema financeiro, já havia descoberto fraudes na operação do Master. Moraes teria concordado que, havendo fraude, seria inviável a operação de venda.
Após a publicação da reportagem, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) anunciou que coletará assinaturas para uma CPI sobre o assunto.
Galípolo teria falado a Moraes que a autarquia, responsável pela regulação do sistema financeiro, já havia descoberto fraudes na operação do Master. Moraes teria concordado que, havendo fraude, seria inviável a operação de venda.
Após a publicação da reportagem, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) anunciou que coletará assinaturas para uma CPI sobre o assunto.
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