O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou, na quinta-feira (4), o atendimento de um caso clínico de extrema gravidade no bairro de Garça Torta, Sítio Andrada, em Maceió.
O paciente, acamado há três meses, foi resgatado após apresentar sinais de desidratação e desnutrição severas, em uma ocorrência que mobilizou várias equipes Samu: uma motolância e uma Unidade de Suporte Básico(USB).
A ligação foi registrada às 11h40 pela Central de Regulação das Urgências (CRU). Após avaliação dos médicos de plantão, que identificou o quadro crítico do paciente, o paciente foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jacintinho.
Considerando a condição clínica agravada e a localização estratégica do endereço, em área de difícil acesso, a equipe da CRU reavaliou a ocorrência e reforçou o atendimento com uma equipe motociclística do Samu, pela agilidade e capacidade de intervenção em locais de baixa mobilidade.
O paciente, cujo estado de saúde se agravou nos últimos dias, encontrava-se extremamente debilitado, sem condições de se locomover ou se alimentar adequadamente. A desidratação e o quadro de desnutrição prolongada colocavam sua vida em risco, exigindo intervenção rápida e qualificada.
“A atuação da equipe motolância foi essencial nesse caso. Em áreas de difícil acesso, como muitas vias de Garça Torta, o tempo entre o chamado e a chegada da ajuda pode ser decisivo. A motocicleta permite que os socorristas cheguem com agilidade, iniciem os primeiros cuidados e, se necessário, façam o transporte seguro até o ponto onde a ambulância pode operar com segurança”, explicou a coordenadora-geral do Samu Alagoas, Beatriz Santana.
Após os primeiros cuidados no domicílio, que incluíram reidratação imediata e estabilização clínica, o paciente foi conduzido à UPA mais próxima para continuidade do atendimento hospitalar. Seu quadro, embora crítico, é considerado estável após a intervenção inicial.
Este caso reforça a importância do acompanhamento contínuo de pacientes acamados e da integração entre atenção primária e serviços de urgência.
“Muitos pacientes em situação de vulnerabilidade extrema, como os acamados, dependem do apoio constante de familiares e da rede de saúde. Quando há falhas nesse suporte, o risco de complicações graves aumenta exponencialmente. O Samu está preparado para atuar em qualquer cenário, mas a prevenção começa na atenção básica e no cuidado familiar”, destacou Beatriz.
Fizeram parte diretamente da assistência: os técnicos de enfermagem da equipe de USB: Cilene Santos e Maria Rosa, e o condutor socorrista Ricardo Lima de Sousa; equipe de motosocorristas: Jesse Junior Cursino Santos e Ronilson Lima Nascimento.