Lula ou Flávio: Centrão decidirá apoio eleitoral de 2026 até março
Dos 38 ministérios do governo Lula, o bloco que decidirá sobre o posicionamento eleitoral em 2026 comanda 10 pastas
Por Armando Holanda, Metrópoles
28 de Dezembro de 2025 às 09:37
O Centrão, bloco formado por Partido Progressista (PP), Partido Social Democrático (PSD), Republicanos, Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e União Brasil, articula-se nos bastidores para definir se dará apoio formal ou se liberará seus quadros a escolher entre Flávio Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial de 2026.
Líderes do grupo planejam uma reunião já em janeiro para discutir o rumo eleitoral. O MDB tende a apoiar a reeleição de Lula.
Apesar da iniciativa, caciques partidários avaliam que um único encontro não será suficiente para pacificar o tema. A definição, segundo relataram ao Metrópoles, dependerá do cenário político ao longo do próximo ano, especialmente de quem ocupará o posto de vice-presidente na eventual chapa de Lula.
No União Brasil, o debate já expõe divergências internas. Uma ala defende adesão integral ao nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto outro segmento sugere aguardar a evolução das pesquisas e buscar um consenso mais adiante. No PP, liderado por Ciro Nogueira, a tendência é liberar os filiados para decidirem de acordo com a própria avaliação política.
O impasse ocorre em um momento de reorganização das forças políticas e diante da tentativa de Lula de ampliar sua base no Congresso, enquanto o bolsonarismo busca manter protagonismo na sucessão presidencial.
Com peso decisivo no Legislativo e histórico de pragmatismo eleitoral, o Centrão tende a calibrar sua posição conforme a viabilidade dos candidatos, a composição das chapas e a capacidade de oferecer espaço político e influência em um eventual governo a partir de 2027.
Participação no governo Lula
As legendas do Centrão juntas (MDB, PSD, União Brasil, PP e Republicanos) somam cerca de 11 ministérios na coalizão governista — considerando indicações diretas e participações históricas.
- MDB
Ministério do Planejamento e Orçamento – Simone Tebet
Ministério das Cidades – Jader Filho
Ministério dos Transportes – Renan Filho
- PSD
Ministério da Agricultura e Pecuária – Carlos Fávaro
Ministério de Minas e Energia – Alexandre Silveira
Ministério da Pesca e Aquicultura – André de Paula
- União Brasil
Ministério das Comunicações – Juscelino Filho
Ministério do Turismo – Gustavo Feliciano (Ex-União Brasil)
- PP
Ministério do Esporte – André Fufuca
- Republicanos
Ministério dos Portos e Aeroportos – Silvio Costa Filho.
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